Brincar é coisa séria
O que consideramos hoje como as atividades mais importantes para o desenvolvimento e para a aprendizagem das crianças?
Muitos pais tem se preocupado cada vez mais em oferecer aos filhos possibilidades diversas de aprendizado incluindo em suas rotinas cursos de línguas, aulas de esportes, artes e outros compromissos. Sem dúvidas atividades como essas tem sua importância e contribuem para a formação, mas em muitos casos, porém, a rotina de tarefas é tão intensa que as crianças acabam sem tempo livre suficiente para os momentos lúdicos, ou seja, para brincar. E ainda, há vezes em que tanto os pais quantos os filhos encontram-se sem tempo para conviverem, para compartilhar momentos juntos. Alguns estudos hoje falam até mesmo em esgotamento pelo excesso de atividades que ocorre em algumas crianças.
Os momentos de brincadeira não devem ser encarados pelos pais apenas como distração ou como ócio e sim como parte do aprendizado e uma oportunidade de estimular a convivência familiar. Quanto mais essa proximidade for estimulada, mais os pais conhecerão seus filhos e mais farão com que o diálogo seja fácil e constante com eles.
Quando a criança brinca, ela expressa e organiza suas emoções, experimenta e (re)significa o mundo, desenvolve habilidades específicas e trabalha sua criatividade. Ainda, o brincar é capaz de impulsionar a criança para um estágio de desenvolvimento além daquele que ela se encontra e faz com que ela reproduza os comportamentos e os valores que ela vivencia. As brincadeiras são também oportunidades para que a criança elabore conflitos, aprenda a lidar com frustrações, ansiedades e exercite a socialização. A criança quando brinca é capaz de transformar elementos por meio de sua subjetividade, de suas fantasias. Assim, uma simples caixa de papelão pode se transformar, por exemplo, em um foguete nas mãos de uma criança, podendo ser mais divertido para ela do que um brinquedo eletrônico.
Para um desenvolvimento saudável, portanto, o brincar é essencial, assim como a participação da família nestes momentos sempre que possível.
Fonte: http://psicologiaacessivel.net/ (Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica)
Mariana Rosa
Psicóloga Porto Alegre
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